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Já ouviu falar no termo performance? Ou em teatro performático?
Se formos ao dicionário, a palavra performance tem significado de desempenho, realização, atuação. O ator (aquele que age) realiza uma performance a partir do momento em que está em cena. Porém, a partir da década de 70 e até meados da década de 80, os movimentos teatrais no Brasil estavam ampliando as questões desenvolvidas no Modernismo, entrando na chamada cena contemporânea.
Teatro Performático e sua Poética Contemporânea
O teatro contemporâneo também é referido como pós-dramático, onde a cena é vista como um campo artístico expandido que foge do textocentrismo (ideia de que o texto teatral, o substantivo drama, é elemento central da peça), dando lugar a uma pesquisa que vai além das convenções clássicas, objetivando desabituar o fazer teatral. É uma busca de maneiras alternativas de lidar com o estabelecido, de experimentar estados psicofísicos alterados, de “criar situações que disseminam discordâncias diversas: de ordem econômica, emocional, biológica, ideológica, psicológica, espiritual, identitária, sexual, política, estética, social, racial, etc”.
Dentro desse quadro histórico, a performance se torna um gênero que desafia princípios classificatórios. Podendo mesclar elementos de outras artes como a dança e a música, está ligada a um trabalho de pesquisa corporal focada em liberdade de movimentos, que comunicam o que o atuador quer expressar com seu trabalho, tornando-se orgânicos, limpos.
Alguns exemplos de performance: “A história do homem que empurrou um bloco de gelo pelas ruas da Cidade do México até seu derretimento completo; ou o homem que armou sua festa de aniversário na rua, partilhou seu bolo, trocou abraços e recebeu votos de felicidade de desconhecidos”.
Parecem estranhas? Segundo Eleonora Fabião, a força da performance está justamente nesse estranhamento causado, pois oxigena e dinamiza as maneiras de agir e pensar a arte contemporânea, uma vez que turbina (seja positiva ou negativamente) a relação do indivíduo que assiste com o meio em que vive. Tira-o da zona de conforto, revela que todos somos agentes históricos dentro de um contexto.
Portanto, a performance é uma ação metodicamente calculada, conceitualmente polida, mas que não se restringe a obrigatoriedade de seguir algum padrão estético ou técnico. Ela objetiva a discussão, a reflexão, a análise da relação entre quem realiza e quem assiste.
BIBIOGRAFIAS:
FABIÃO, Eleonora – Performance e teatro: poéticas e políticas da cena contemporânea
ARTAUD, Antonin – Teatro e seu duplo
Fonte: www.teatroemescala.com.br
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