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A arte de interpretar. Cada ator tem sua forma de criar e dar vida às suas personagens. Os métodos de interpretação dão aos atores diversas ferramentas para a construção de uma personagem: a memória, a imaginação, as experiências de vida de cada ator, a psicologia, a improvisação, entre outros.

Abaixo veremos 6 abordagens diferentes sobre como criar a base e dar vida para uma personagem.

Constantin Stanislasvki

Originalmente criado e usado por Constantin Stanislavski entre 1911 e 1916, o “Método de Interpretação para o Ator” ou simplesmente “O Método”, como é mais conhecido, é uma progressão de técnicas usadas para treinar atores a sentir emoções realistas durante a atuação.

Baseia-se em uma prática na qual o ator busca internamente uma experiência própria – algo que viveu no passado – que lhe remeta a sentimentos que ele pretende trazer para o papel e, por isto, pode-se dizer que este método utiliza a experiência/lembrança emocional como base para a criação do papel.

Stella Adler

Stella Adler acreditava que o talento de um ator é diretamente proporcional à sua capacidade imaginativa.

Estudiosa do método de Stanislasvki e vinda de uma família de atores, Stella discordava das ideias do autor de “O Método”; não acreditava que um ator deveria reviver experiências passadas para ter uma conexão com a papel.

Partindo deste incômodo com a técnica de Stanislavski, Stella desenvolveu seu próprio método, considerado até hoje um dos mais verossímeis na tarefa de emular a própria qualidade orgânica da vida.

Sua visão de como um personagem deve ser criado passa pela capacidade de imaginar situações que não necessariamente remetam às características do papel em si, mas que podem ajudar a enriquecer a “paleta de cores” da qual o ator dispõe para representar de forma genuína.

Ela dizia, “Resgatar emoções que eu tive – como por exemplo quando minha mãe morreu – para criar um papel é algo doente e esquizofrênico. Se isso é atuar, não quero ser atriz”.

Bertolt Brecht

Eugen Bertolt Friedrich Brecht, tentou romper abertamente com o método Stanislavski em 1929, quando escreveu que o objetivo da nova arte deveria ser pedagógico, tanto no conteúdo quanto na forma.

Segundo ele, o ator e o espectador deveriam se distanciar um do outro e cada um de si próprio.

Com Brecht surge a teoria do distanciamento – o espectador deve tirar da peça uma lição permanente e não se identificar sentimentalmente com ela, enquanto o ator deve ser capaz de sair de sua personagem e comentar sua interpretação (a quebra da quarta parede).

Isso não significa dizer que Brecht não valorizava a emoção. O diretor Amir Hadad elege Brecht como o teórico que mais o influenciou:

“Eu não tenho dúvidas de que todos os atores deste século, conhecendo ou não Brecht, são influenciados pela obra dele”.

Uta Hagen

Além de ganhar um Tony por sua interpretação de Martha em “Quem tem medo de Virginia Woolf?” (1966), Uta Hagen era professora de teatro no prestigiado Herbert Berghof Studio, em Nova York.

Ela também escreveu livros que viraram referência no assunto, como “Um Desafio para o Ator” e “Respeito pela Atuação”.

Ela é frequentemente lembrada por sua técnica, que consiste em enfatizar a verdade e o realismo. Os atores são encorajados a substituir suas experiências e memórias afetivas pelas do personagem, para assim construir um lastro de conexão mais duradouro com aquele papel – baseados em suas próprias convicções pessoais.

Augusto Boal

Augusto Pinto Boal, foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional.

Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política, mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.

“O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores – porque atuam – e espectadores – porque observam. Somos todos ‘ESPECT-ATORES’.”

Viola Spolin

Por ter estabelecido técnicas direcionais que ajudam os atores a se manterem focados no presente e a fazer escolhas baseados na improvisação, a educadora teatral e coach de atuação Viola Spolin é considerada uma das maiores reformadoras do teatro americano do século XX.

Ela é autora de “Jogos Teatrais”, uma espécie de livro-fichário com exercícios didaticamente escritos, direcionados para objetivos específicos bastante inovadores, como desenvolver a audição como ferramenta criativa.

Seus escritos, por estimularem o ator a viver o momento e a responder intuitivamente, são conhecidos como “a bíblia” de todo ator que trabalha com a improvisação como técnica fundamental.

Fonte: Teatro Escola Macunaíma

Por Jéssica Eduarda

Clicando aqui você verá a segunda parte do artigo sobre “Métodos de Interpretação Teatral”

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