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Reportagem de Roberta Lopes | publicado em 22 de agosto de 2020 | Gazeta Guaçuana

“Muita saudade do palco, dos meus companheiros de trabalho e do público. A gente chega aqui e dá uma certa depressão, já que a arte ao mesmo tempo que ela cura, ela faz a gente ter uma dependência de exercitá-la”. Este é o sentimento de Viviane Casteliani, 44, sócia da Cia de Teatro Parafernália de Mogi Guaçu. Ela compartilhou como tem sido o dia a dia de quem vive de teatro, uma das atividades mais afetadas pela crise causada pela pandemia. O fato de ter que cessar todas as atividades e projetos programados para este ano estava fora do roteiro da Cia que, com o passar dos meses e o agravamento da pandemia, não teve outro jeito a não ser adiar todo o cronograma para 2021 e seguir confiante de que tudo será retomado.

A história da Cia só não é uma daquelas histórias dramáticas porque, segundo Viviane, houve um bom trabalho de administração dos recursos já existentes do grupo, o que tem sido a salvação de hoje em dia para manter os salários dos funcionários fixos e outros gastos mensais da Cia. “Ao longo de quase 30 anos de existência, a gente acabou aprendendo a viver de teatro e a entender que é um campo instável, que precisa de uma boa administração de recursos”, pontuou Viviane. A compreensão dos patrocionadores do grupo que não se opuseram em realizar os projetos no ano que vem também foi uma ajuda que chegou em boa hora.

Para os atores que não trabalham fixo na Cia e que ficaram em uma situação financeira complicada, os integrantes do Parafernália indicaram e apresentaram a Lei Aldir Blanc, que irá disponibilizar um auxílio emergencial para as pessoas que vivem da cultura e ficaram sem renda. “Orientamos o máximo de pessoas possíveis quanto a esta lei, além disso, nós entramos em contato com a Secretaria Municipal de Cultura e alertamos quanto a existência dessa lei”, pontuou Viviane.

E apesar de tudo estar dentro dos eixos, mesmo em meio à crise, a sócia da Parafernália enfatizou que o grupo tem, sim, uma grande preocupação com o que pode vir a acontecer. Isso porque, se a pandemia perdurar além do esperado, a Cia de teatro poderá sofrer consequências financeiras graves que a leve a um possível capítulo final, assim como poderá acontecer e já acontece com muitas outras empresas Brasil e mundo afora. Enquanto todos esperam com boas expectativas os próximos capítulos da pandemia, de preferência por capítulos finais, Viviane contou que, neste período de atividades paradas, o grupo trabalhou em um novo desafio que foi lançado pela empresa Ingredion, para quem há anos a Cia faz um projeto de educação ambiental em forma de teatros. “Este ano, a empresa nos desafiou a fazer um material que chegasse ao público e nós desenvolvemos um vídeo animado e uma cartilha. O material será distribuído aos alunos pela Secretaria de Educação e está prestes a ser entregue”, explicou a sócia da Parafernália.

Além disso, o grupo já trabalha na produção de dois novos espetáculos para 2021, sendo que um deles irá abordar temas do trânsito e se chamará “O pequeno mundo de Avatis”. Agora, Viviane disse que a expectativa é poder viver uma pós-pandemia para finalmente dar o ponta pé inicial nos projetos já captados. “ Em tempos de crise, a arte e a empatia são fundamentais. Por isso, acreditamos que vai dar tudo certo, conheça nosso trabalho no endereço online teatroparafernalia.com.br”, finalizou.

Reportagem de Roberta Lopes | publicado em 22 de agosto de 2020 | Gazeta Guaçuana

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