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Conheça a história do teatro no Brasil

A dramaturgia brasileira é repleta de grandes nomes. Escritores talentosos e de grande qualidade histórica, que procuraram levar aos palcos grandes histórias com grandes personagens, sempre buscando causar uma reflexão àqueles que estavam na plateia.

Nessa publicação falaremos de 3 dramaturgos do teatro brasileiro que propuseram reflexões de grande relevância social em suas obras. São eles: Martins Pena, Nelson Rodrigues e Millôr Fernandes.

MARTINS PENA

Luís Carlos Martins Pena nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de novembro de 1815. Faleceu na cidade de Lisboa, aos 33 anos, em 7 de dezembro de 1848.

Martins Pena foi um dramaturgo e diplomata brasileiro. É considerado o fundador do teatro brasileiro, devido à grande quantidade de boas peças que escreveu e aos temas que abordou em seus textos. É famoso por suas comédias, pois usava o humor para criticar problemas da sociedade, como o preconceito, a hipocrisia e a ganância. O tipo de peça que escrevia é conhecido como comédia de costumes.

Apesar da vida curta, Martins Pena deixou cerca de trinta obras. Sua primeira peça teatral, O juiz de Paz da Roça, foi escrita quando ele tinha 18 anos, mas levada ao palco cinco anos depois, em 1838. Em 1845, estrearam três de suas melhores comédias: O noviço, O inglês Maquinista e Quem Casa Quer Casa.

Martins Pena escrevia também críticas teatrais no Jornal do Commercio. Esses textos foram reunidos em um livro, Folhetins – A semana lírica, editado em 1965.

Muitos dos problemas sociais que Martins Pena satirizou em suas peças são encontrados até hoje. Seus textos ainda são representados e continuam relevantes.

Em função de sua importância na história da dramaturgia brasileira, Martins Pena é chamado de o “Molière brasileiro”. O francês Molière foi um dos grandes dramaturgos da história do teatro mundial.

Principais obras:

  • Um Sertanejo na Corte (1833-37)
  • O Juiz de Paz da Roça (1842)
  • O Judas em Sábado de Aleluia (1846)
  • O Cigano (1845)
  • As Casadas Solteiras (1845)
  • O Noviço (1845)
  • O Namorador ou A Noite de São João (1845)
  • O Caixeiro da Taverna (1845)
  • Os Meirinhos (1845)
  • Os Ciúmes de um Pedestre ou O Terrível Capitão do Mato (1846)
  • Os Irmãos das Almas (1846)
  • O Diletante (1846)
  • Quem Casa, Quer Casa (1847)

NELSON RODRIGUES

Nelson Falcão Rodrigues morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 68 anos. Além dos romances, contos e crônicas, deixou como legado 17 peças que, vistas em conjunto, colocam-no entre os grandes nomes do teatro brasileiro e universal.

Em contato com a imaginação fértil do futuro escritor, a realidade da Zona Norte carioca, com suas tensões morais e sociais, serviu como fonte de inspiração para Nelson construir personagens memoráveis e histórias carregadas de lirismo trágico.

Aos 13 anos, ingressa na carreira de jornalista. Lado a lado com o teatro, o jornalismo foi para ele um ambiente privilegiado de expressão. Dentre seus textos propriamente jornalísticos, destacam-se aqueles dedicados ao futebol, em que empregou toda sua veia dramática, transformando partidas em batalhas épicas e jogadores em heróis. Trabalhou nos mais diversos jornais e revistas, assinando artigos e crônicas, como a popular e discutida coluna “A Vida Como Ela É…”.

A primeira peça de Nelson já traz uma evidente carga psicológica, em que o jogo neurótico invade e transforma as relações. O que move a ação de A Mulher sem Pecado é o ciúme, doença aceita nos extratos mais recatados da sociedade.

Em 1943, a consagração no Teatro Municipal do Rio de Janeiro: sua segunda peça, Vestido de Noiva, montada por um grupo amador, Os Comediantes, dirigida pelo polonês recém-imigrado Ziembinski e com cenários de Tomás Santa Rosa, revolucionava a maneira de se fazer teatro no Brasil.

Sua peça seguinte, Álbum de Família, de 1946, que trata de incesto, foi censurada, sendo liberada apenas duas décadas depois. Dali em diante, sua obra despertaria as mais variadas reações, nunca a indiferença.

A última peça de Nelson Rodrigues, A Serpente, é escrita em 1978.

O prestígio alcançado pelo reconhecimento de seu talento não o livrou de contestações ou perseguições. Classificado pelo próprio Nelson Rodrigues como “desagradável”, seu teatro chocou plateias, provocando não apenas admiração, mas também repugnância e ódio, sentimentos muitas vezes alimentados por seu temperamento inclinado à polêmica e à autopromoção.

Principais obras:

  • A Mulher sem Pecado (1941)
  • Vestido de Noiva (1943)
  • Álbum de Família (1946)
  • A Falecida (1953)
  • Os Sete Gatinhos (1958)
  • Boca de Ouro (1959)
  • O Beijo no Asfalto (1960)
  • Toda Nudez será Castigada (1965)
  • A Serpente (1978)

MILLÔR FERNANDES

Milton Viola Fernandes nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Era filho do engenheiro Francisco Fernandes um imigrante espanhol, e de Maria Viola Fernandes. Deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o fez Millôr. Em 2011 foi vítima de um AVC, que lhe deixou bastante debilitado. Faleceu em sua casa em Ipanema, Rio de Janeiro, no dia 27 de março de 2012.

Foi um desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Era um artista com múltiplas funções. Escreveu colunas de humor para as revistas O Cruzeiro e Veja, para o tabloide O Pasquim, e para o Jornal do Brasil.

Incentivado pelo tio Antônio Viola, Millôr levou seus desenhos para o periódico “O Jornal”, que logo foi publicado lhe rendendo uns trocados.

Pouco após o golpe de 1964, fundou a revista PifPaf, que fazia críticas ao cenário político do país de modo irreverente, ao mesmo tempo em que debochava dos militares e seus aliados. Até ser fechada pela censura, a publicação perdurou por quatro meses e serviu, mais tarde, de inspiração para um dos mais conhecidos veículos alternativos durante o período, o jornal O Pasquim.

No teatro, seu primeiro sucesso de público é Pigmaleoa. Escrita em 1955, mas só montada em 1962 pelo Teatro do Rio, com direção de Adolfo Celi, aborda humoristicamente o cotidiano de Copacabana.

   Também foi autor de diversas peças pioneiras no teatro de resistência à ditadura, como Liberdade, Liberdade (em parceria com Flávio Rangel), que dirige o espetáculo montado no Grupo Opinião em 1965.

Principais Obras:

  • Teatro de Millôr Fernandes (1957)
  • Um Elefante no Caos ou Jornal do Brasil ou Por que me Ufano do Meu aís (1962)
  • Pigmaleoa (1965)
  • Computa, Computador, Computa (1972)
  • É… (1977)
  • A História é uma Istória (1978)
  • Os Órfãos de Jânio (1979)
  • O Homem do Princípio ao Fim (1982)
  • Duas Tábuas e Uma Paixão (1982)

Fonte: Enciclopédia Itaú Cultural

Por Jéssica Eduarda

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